Muitas pessoas jogam compulsivamente, arruinando a carreira profissional, a vida familiar e até social. Como compreender e auxiliar estes jogadores anônimos?
O que leva uma pessoa a viciar-se em jogos de loteria, corrida de cavalos, videopôquer, caça-níqueis, bicho, baralho ou bingo? A abrir mão de seu trabalho, sua família, amigos, de seus estudos? A perder o controle de si mesma e ficar cada vez mais dependente dos jogos? A vender tudo o que tem e contrair dívidas, a ficar na amargura da sarjeta? Estudos apontam que a pessoa que possui este tipo de distúrbio, quando chega ao fundo do poço, tenta o suicídio.
A revista Science publicou que a desordem comportamental mais semelhante à dependência das drogas é o vício do jogo. Estudos mostraram que mais da metade dos jogadores apresentam sintomas de abstinência menos intensos, porém, muito semelhantes aos dos usuários de drogas: distúrbios de sono, irritabilidade e sudorese que se acalmam diante da mesa do jogo.
Estima-se que de 1% a 4% da população brasileira joga compulsivamente. Este percentual é tão alto devido a dois motivos: o primeiro é o indivíduo pensar que pode resolver todos os seus problemas financeiros por meio do jogo; segundo, é que no Brasil temos atualmente centenas de casas, bares e lanchonetes que, somados, teremos milhares de máquinas de videopôquer e caça níqueis, isto sem contar os outros tipos de jogos citados no início deste artigo. Sendo assim, o jogo se torna um negócio rentável onde, normalmente, os únicos que perdem e sofrem são os dependentes deste vício e seus familiares.
A categoria de jogadores pode ser dividida em três tipos: eventuais, que jogam na loteria esporadicamente ou quando o prêmio está acumulado; sociais, que jogam de vez em quando com os amigos; e os patológicos, que jogam compulsivamente e deixam o jogo interferir na sua vida profissional e familiar.
O viciado em jogo, quando começa este hábito, imagina ganhar muito dinheiro, mas seus sonhos vão por água abaixo quando começa a perder. Ele não aceita esta situação e insiste em continuar jogando. Algumas pessoas perdem em um dia seu salário do mês; outras vezes, verdadeiras fortunas são destruídas em pouco tempo. E quando a pessoa ganha, este dinheiro é revertido novamente para o jogo, tornando um ciclo vicioso e fatal.
O viciado em jogo, quando começa este hábito, imagina ganhar muito dinheiro, mas seus sonhos vão por água abaixo quando começa a perder. Ele não aceita esta situação e insiste em continuar jogando. Algumas pessoas perdem em um dia seu salário do mês; outras vezes, verdadeiras fortunas são destruídas em pouco tempo. E quando a pessoa ganha, este dinheiro é revertido novamente para o jogo, tornando um ciclo vicioso e fatal.
Especialistas explicam que quando o jogador ganha um determinado valor significativo no jogo, o cérebro recebe uma descarga de dopamina, substância responsável por sensações de prazer e bem-estar.
Os homens são a maioria neste vício, mas um número significativo de mulheres é acometido por este distúrbio, que desenvolvem até quatro vezes mais rápido que os homens. O número de mulheres que tentam o suicídio é também superior.
Interessado neste assunto, visitei um bar onde havia diversas máquinas de videopôquer e caça-níqueis. Pessoas colocavam moedas de R$ 0,25, apertavam o botão ou puxavam a alavanca e esperavam o resultado. Na maioria das vezes era negativo. Novas moedas eram colocadas, umas atrás das outras. Olhos fixos na máquina a espera do resultado. Um senhor, depois de colocar várias vezes algumas moedas, ganhou 80 moedas. Voltou a jogar de novo tudo o que havia ganho. Outro senhor chegou perto de mim e disse que, só naquele dia, havia perdido R$ 75,00 e que tudo aquilo era ilusão, mas que não conseguia se libertar daquele vício. Minutos depois, lá estava ele novamente jogando. Saí daquele bar com um mal estar em vê-los naquela jogatina; pareciam estar hipnotizados.
Por mais que alguns considerem o vício do jogo um desequilíbrio ou uma doença, devemos analisar também o lado espiritual. Já reencarnamos várias vezes; tivemos muitas vidas, fizemos grandes amigos, da mesma forma que prejudicamos outras pessoas, o que vem acarretar um número considerável de inimigos. E são estes desafetos que passam a obsediar o antigo adversário. Muitas vezes, não têm dificuldades em tal mister, pois o pensamento do encarnado entra em sintonia com os obsessores, facilitando o controle da mente. Sendo assim, a “presa” se torna alvo de manipulação e o vício do jogo é um caminho para destruir materialmente e moralmente o indivíduo.
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